A magia Rapa Nui

Essa magica ilha tem características muito peculiares, podemos começar pelos vários nomes, eu sempre à conheci por Ilha de Páscoa, nome a ela dado pelo navegante holandês Jacob Roggeween, quando no domingo de páscoa de 1722 encontrou a ilha no seu caminho a procura das terras austrais, mas essa Ilha já tinha um nome, Te Pito O Te Henúa, que na língua nativa significa “Umbigo do Mundo”, dado pelo seu rei colonizador Hotu Matu’a, também é conhecida como Easter Island por ser a ilha a oeste que forma o vértice do triângulo Polinésio, e Rapa Nui como é chamada por todos seus moradores, e também é como se denominam esses herdeiros diretos do Rei Hotu Matu’a.

Os Moais e suas plataformas são os grandes atrativos da Ilha, e suas histórias são muito interessantes. A cultura Polinésia traz a arte das esculturas consigo, mas nenhuma das suas ilhas ganhou tanta notoriedade por esse trabalho como Rapa Nui, aqui as esculturas tem seus tamanhos muito variados, dado pelo qual se designa a época de cada uma, quanto maior, mais recente, pois os rapanuis foram aprimorando sua arte de esculpir e transportar os Moais para suas plataformas cerimoniais e com isso foram aumentando o tamanho das estatuas, somado a isso, estamos falando de 10 ou 12 tribos, convivendo na ilha e que competiam entre si na fabricação de suas deidades. Todos utilizavam a mesma cratera vulcânica como canteiro, e de lá transportavam para sua aldeia onde eram colocados sob uma plataforma cerimonial, voltados de frente para a tribo.

Atribui-se a essa atividade de esculpir e a competição entre as tribos e sua grande população, que calcula-se ter chego a mais de 15 mil habitando a ilha, o inicio do declínio da sua civilização. Findado os recursos naturais, começaram a invadir os territórios uma das outras, criando uma guerra, que culminou na descrença nos Moais a ponto de os derrubarem de suas plataforma. Não mais os respeitavam e deixaram de acreditar que eles os protegiam e faziam a comunicação com os deuses. Dessa forma nenhuma das estatuas permaneceu em pé. Somado a isso temos o Peru buscando escravos nas ilhas, quando seus navios se depararam com Rapa Nui desorganizada socialmente e principalmente sem a proteção de nenhum país, e tomaram seus habitantes como escravos. Após um movimento internacional contra a incursão peruana em território rapanui, foram obrigados a devolver seus cidadãos a ilha, mas retornaram apenas 111 homens, os quais alguns estavam muito doentes e transmitiram essas doenças aos que haviam ficado na ilha.

As estatuas que hoje estão em pé em suas plataformas foram objeto de restauração arqueológica.

Nos hospedamos na cabana de Merina, uma rapanui muito orgulhosa de sua origem e uma grande ativista dos direitos rapanuis. Nos contou muito do que relatei acima em um jantar, onde trouxe ceviche e vinho, e passamos muitas horas conversando. Depois de 5 garrafas de vinho consumidas por nós três (eu, Lu e Merina), sai a grande proposta da Lu de fazer um jantar brasileiro na noite seguinte, e seria feijoada. A Merina já tratou de ligar para 2 de suas sobrinhas para que viessem jantar conosco na noite seguinte e trouxessem seus filhos para brincar com a Sofia e o Caio. Na manhã seguinte, quando caiu a ficha, bateu o desespero. Como fazer uma feijoada em terras rapanui? Mas Luciana encarou o compromisso e saiu atrás de ingredientes que pudessem se aproximar de algo como uma feijoada. E o resultado foi excepcional, todos adoraram a feijoada, a combinação das carnes no “poroto negro” e o acompanhamento com o arroz branco fez um grande sucesso. Certamente tiveram uma excelente impressão da culinária brasileira, mesmo que de improviso.

DSC_7041

Jantar na casa de nossa amiga Merina

Apesar de ser uma ilha relativamente grande, Rapa Nui possue apenas 2 praias e as crianças adoraram Anakena, praia mansa, quase sem ondas, de águas transparentes e quentes. E esse detalhe das águas quentes fez com que eu finalmente, depois de quase 30 dias por terras chilenas, desse um mergulho nas águas do Pacifico.

Agora de Rapa Nui para Galápagos, serão mais de 24 horas em 4 vôos e 3 países, até chegar lá.

6 Respostas para “A magia Rapa Nui

  1. Maravilhosa a narrativa. ..sensação de parecer estar lá! !!!!Continuem essa bela aventura. …
    sempre Deus acompanhando vcs! !!! Bjos nas crianças! !!e um grande abraço em vcs. .

    Curtido por 1 pessoa

Deixe um comentário