Planejamos um longo período na Alemanha, um país grande, diverso e com uma história rica. Montamos muitas opções de roteiros com base em dicas de amigos e nossas pesquisas na web, mas Hamburgo, a cidade de nosso novo amigo Oliver não estava em nenhum deles. – Quem nos acompanha, vai lembrar que o conhecemos em Cusco.
Porém, como nesta aventura a gente muda o que quer na hora que deseja, incluímos Hamburgo no roteiro sem grande expectativa pela cidade, mais por que queríamos revê-lo. Grata surpresa, a cidade cortada pelo Rio Elba, é charmosa, tem um sistema de transporte impressionante e paisagens muito bonitas.
Nos hospedamos perto da casa de Oliver, no bairro português e foi uma delícia comer pão na chapa no café da manhã ouvindo nosso idioma com o sotaque da ‘terrinha’. Nosso amigo ficou conosco os 4 dias em que estivemos na cidade (feriado de Pentecostes) e nos mostrou seus melhores lugares. Foi ele também quem organizou o churrasco de aniversário de 5 anos do Caio com seus amigos; Peter, sua esposa Lucy (chilena) e seu filho Fábio. Durante o evento, conhecemos Lígia*(curitibana), seu marido David (alemão) e seu filho Daniel (brasileirinho e muito fofo que brincou com o Caio a tarde toda).
Foi uma visita muito gostosa e agora, aguardamos Oliver em Curitiba.
De lá, pegamos o trem para Berlim. Uma cidade que sempre povoou meu imaginário com diversos ‘esteriótipos’: “Alemão é um povo frio e fechado, não gostam de crianças….Também, são inovadores, disciplinados e fortes por tudo o que passaram. No país vivem muitas nacionalidades e credos….Berlim é moderna, mas é cinza, é feia”….e diversas outras características….boas e ruins….como se a Alemanha se resumisse a capital.
Bem, como leram acima já em Hamburgo alguns destes esteriótipos foram por água abaixo. Chegando em Berlim, ficamos fora do centro histórico no apartamento de Anna (Air B&B), que nos deixou chocolates de boas vindas (surpresa). A casa que tinha um piano na sala, nos mostrava nos detalhes da decoração o quanto delicada e doce era sua dona alemã apaixonada pela América Latina. Ok, apaguei tudo o que eu pensava e fui ver o que a cidade nos ofereceria.
Visitar Berlim, é visitar a história recente da humanidade. Muita coisa aconteceu nesta cidade nos últimos 80 anos: Guerras, destruição, derrota, separação, reunificação, reconstrução e renovação. A cidade é uma mistura harmônica de prédios e monumentos antigos e históricos com construções de arquitetura moderna. O povo é educado, é culto, é simpático com os turistas, como está quente tem muitos jovens pelas ruas. Tem muitos estrangeiros transitando e vivendo lá, é multi cultural. Parece que não querem esquecer sua história, mas também querem estar em permanente melhora. São muitas obras em todos os lugares e a sensação de que tudo está sendo melhorado. Berlim é arborizada, tem muitos parques e atividades para crianças…não é cinza, é verde. O sistema de transporte público também é excelente, aliás como em todo o país.
Lá quisemos viver um pouco da história, visitamos diversos pontos turísticos, caminhamos muito, fomos a museus e à monumentos ícones: Como o Memorial do Muro de Berlim e o Check Point Charlie, fomos à Catedral e outras igrejas. No final de semana, fomos ao parque e jantamos num “Biergarten” (lugares onde tomam cerveja ao ar livre e curtem o calor da primavera/verão, existem em toda a Alemanha). Foi um grande aprendizado e uma mudança total do que acreditava.
Interrompemos nosso roteiro na Alemanha para uma visita à Praga, capital da República Checa e voltamos para o sul do país, partindo da rota romântica. Parece outro país, mas estas 2 histórias contaremos a seguir…
*A Lígia é advogada e além de curitibana trabalhou na RPC como eu….Este mundo é um ovo mesmo, ou será que somos conectados ?
lindas fotos!!
les deseamos sigan teniendo buen viaje, con inspiración y belleza, en sus paisajes y gente.
una abrazo
lucy
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Obrigada querida ! Esperamos revê-los novamente. Bjs
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