China, uma experiência incrível

Nosso vôo para a China saía de Okinawa e por conta da suspeita de um tufão foi cancelado. Logo, chegamos em Hong Kong um dia depois do planejado e no limite para pedir o visto de entrada na China. Nossa amiga Chris montou uma operação de emergência para que desse tudo certo e no dia seguinte estava nos esperando no aeroporto com uma van. Pegamos lanches no Mc Donald’s para as crianças e embarcamos para o escritório do visto. Era 5a feira, início da tarde e precisávamos do visto para o dia seguinte já que nossa passagem para Shanghai era para domingo. Chegamos ao escritório há tempo, mas para a nossa surpresa precisávamos da certidão das crianças traduzida por um tradutor juramentado… E agora ?

A agente do escritório vendo nossa cara de espanto e desespero nos propôs um visto de grupo, o que não é muito comum para famílias e tem algumas restrições, mas nos servia perfeitamente. Visto encaminhado, deixamos a Chris no ferry para Shenzhen e fomos para o apartamento. Foi o tempo de nos instalarmos, tomarmos banho e sairmos de novo para jantar na casa do JP (que trabalhou comigo na ANDIMA), da Ju e da pequena Jôjô. Chegando lá nos deparamos um jantar brasileiro delicioso com direito a picanha, feijão e farofa servidos com cerveja e guaraná Antártica. Uma delícia ! Além do papo que também foi ótimo, claro. Obrigada meus amigos, esperamos revê-los em breve.

Na manhã seguinte, a Sofia acordou com uma grande crise de alergia e só saímos de casa no meio da tarde. Acho que forçamos um pouco a barra da criançada com a correria….

Hong Kong de fato não é China como fala a minha amiga Chris. Uma organização britânica em meio de centenas de prédios altíssimos e de ruas apertadas. A visita ao Tian Tan Buddha, o Buda gigante na ilha de Lantau, ao IFC Mall onde se pode despachar as bagagens e seguir sem elas para o aeroporto no trem express, além da rua dos eletrônicos foi muito interessante.

Chegando em Shanghai fomos de metrô para o hotel que ficava super bem localizado, seguindo a recomendação da nossa ‘nova’ amiga Chris Marote que nos foi apresentada por email pela Chris e ficamos encantados com a luzes, os prédios, os viadutos, as pessoas. Nossa chegada foi bem diferente do que imaginávamos. Ok, agora estamos na China. Que prédios modernos são estes ? O que é este metrô ? E os carros ? e as lojas de grife ? ;oO

Na manhã seguinte, a Chris Marote veio nos buscar para um passeio na cidade fora do roteiro turístico das agências, mais ainda assim, em lugares muito interessantes. Conversamos muito sobre a experiência dela de morar na China com a família há 11 anos e de todas as transformações que ela viu acontecer no país e com seus cidadãos. Quem tiver curiosidade ela tem um blog: www.chinanaminhavida.com que conta toda esta trajetória e ainda trás diversas informações para quem tem curiosidade ou deseja se aventurar a morar neste país tão particular. Obrigada Chris, foi um imenso prazer te conhecer, tenho certeza de que ainda nos cruzaremos de novo.

De Shanghai para Beijing onde fomos direto para Wangfujing Jie, a rua dos espetinhos exóticos que ficava bem perto do nosso hotel. Uma dica da Chris, aliás quem me ajudou a montar todo o nosso roteiro pelo país.  ;o)

De verdade a comida é de impressionar, ‘os escorpiões estão vivos’ no palito, até serem escolhidos e mortos em óleo fervente, mas me pareceu mais para turista ver. Hoje em dia os chineses não comem mais estas iguarias….sei lá….na verdade nós comemos muito bem na China. Em Beijing descobrimos o ‘Hot Pot’, um tipo de caldo/sopa fervente em que você cozinha os ingredientes que escolher: frango, peixe, noodles, cogumelos e etc…na mesa. Uma delícia. Gostamos tanto, que comemos este prato todas as noite em que estivemos na cidade. Agora estamos pensando em como iremos fazê-lo no Brasil.

Na capital chinesa, também nos encantamos com a Praça da Paz Celestial, com a Cidade Proibida, o Palácio de Verão….e com a Grande Muralha, claro.

Além das atrações turísticas, descobrimos a dança de rua nesta cidade, as chamadas Guangchangwu (dança em praça pública ou nas ruas) são um fenômeno em todas as cidades chinesas. Todos os dias, homens e mulheres, mas sobretudo mulheres dançam pela manhã ou a noite. Em geral são danças tradicionais chinesas, mais alguns grupos também arriscam músicas mais modernas e até mesmo ocidentais. É um barato, acompanhamos diversos grupos nos bairros que nos hospedamos na maioria das cidades em que passamos.

Chegamos em Xi’An, a cidade dos guerreiros de terracota e desta vez ficamos num hostel lindo e cheio de história como toda a cidade.

Xi’An foi a capital da China ao longo de várias dinastias e é de lá a história dos guerreiros, vamos a ela:

Bom, tudo começou em 246 antes de Cristo com um imperador chinês chamado Qin Shi Huang. Apesar de ter sido um déspota e mandado matar parentes e concubinas, foi ele quem unificou diversas províncias formando geograficamente quase a China que conhecemos hoje. Foi ele quem também unificou moeda e língua. Hoje, apesar de haver mais de 50 dialetos diferentes, o país possui uma única escrita, o Mandarim. Alguma dúvida de que a China não teria sido a potência do passado e, com certeza a do futuro, sem a ajuda de Qin Shi Huang ?

E o que isso tem a ver com os guerreiros ? Bom, acreditando-se um Deus, Qin Shi Huang mandou construir uma armada perpétua para tomar conta da sua tumba e de seus supostos tesouros enterrados com ele. Supostos por que até hoje ela não foi aberta por questões de segurança.

Em 1974 (sim, há apenas 40 anos), um camponês que furava um poço em suas terras descobriu o primeiro e maior dos três sítios onde estão os guerreiros. Imaginem a cara do sujeito ao se deparar com um guerreiro de barro, maior do que ele.

Obs.: Qin Shi Huang também teve a ideia de construir uma fortaleza ao redor da China para se proteger dos diversos inimigos. Logo, ele é o responsável por uma das maravilhas do mundo da idade média: a Grande Muralha.

– O texto sobe Xi’An foi em parte foi retirado do blog da nossa amiga Chris www.umafamiliabrasileiranachina, com histórias da mudança da família pra lá e publicado no jornal Gazeta do Povo entre 2011 e 2016. Leiam que é muito legal ! Agora a Chris além de escritora, é coach, professora e  facilitadora de quem deseja ir à China, por isso, vale super a pena conhecer seu novo blog:   www.christianedumont.com

Depois dos guerreiros fomos ver o Pandas. As crianças estavam muito animadas para chegar em Chengdu, onde o governo mantém 4 bases que se destinam a cuidar destes animais em extinção que são considerados patrimônio natural do país. Dois destes lugares estão abertos à visitantes e claro nós fomos até lá ver de perto estes fofos e preguiçosos animais.

Terminamos nossa trajetória pela China em Shenzhen, cidade super moderna, onde moram nossos amigos Chris, Luís e 2 de seus 4 filhos; Marquinhos e Dudu. A Mari está fazendo faculdade na Austrália e o Fernando é fotógrafo no Rio de Janeiro. Lá curtimos nossos amigos e conseguimos até sair para dançar, deixando as crianças com o Dudu (o mais novo baby siter da cidade) no sábado à noite. A primeira e acho que última noitada desta trip…. ;o) Também pudemos experimentar como é a vida na cidade. Ficamos 5 dias no apartamento deles durante o feriado do Festival da Lua, também conhecido como Festival do Meio do Outono um dos principais feriados da China que este ano se somou ao feriado pelo Dia Nacional da China. Quando a família foi visitar a Mari na Austrália. À vocês meus amigos, nosso muito obrigada especial por todo apoio e carinho. Foi muito gostoso este nosso reencontro, já estamos com saudades e esperando vocês no Brasil no ano que vem.

Bye Bye China, um país surpreendente que mistura história e inovação numa transformação visível e intrigante.

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Nós no Terrace sábado a noite !!

 

 

 

3 Respostas para “China, uma experiência incrível

  1. Nossa, foi o país mais bem contado por vcs .. Até eu fiquei c vontade de ir à China …. ADOREI a narrativa e as fotos da China …
    Peninha do Caio … Ficou c a carinha mais anjinho ainda … Beijinhos no seu dodói Caio …. Bjos em todos …

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