Nepal

O Nepal é um país que para nós tem algo de muito especial, foi onde nasceu Sidarta Gautama (O Buda). A filosofia e história de Sidarta sempre nos encantou e agora as crianças estão se aprofundando um pouco nesta história e até se dizem budistas rsrsrs.

Apesar de ser o berço do Budismo, apenas 10% da população é budista, a grande maioria, 80% é hinduísta.

O sismo que atingiu o Nepal em 2015 causou muitos estragos, foram milhares de mortos e feridos, avalanche no Monte Everest e incontáveis desabamentos, deixando outros milhares de nepalenses desabrigados, edifícios considerados patrimônio mundial pela Unesco foram danificados e diversos templos completamente destruídos. Hoje há diversos países patrocinando a recuperação de alguns edifícios. Como o país é bastante pobre, parte dos edifícios atingidos encontram-se apenas apoiados por bambus, numa espécie de estrutura de contenção.

Encontramos similaridades com a Índia, além da religião predominante e do sistema de castas, também o transito é bastante intenso, mas aqui ao menos o uso da buzina é moderado. Nos sentimos mais a vontade no Nepal do que na Índia, o país nos pareceu mais amigável, conhecemos muitos lugares em Catmandu e arredores. Nos hospedamos  no bairro de Thamel, uma região turística e movimentadíssima, com muitas lojas, restaurantes e um jardim encantador chamado ‘Garden of Dreams’.

Em um país tão distante, e com uma cultura tão diferente, como seria possível que nos trouxesse alguma lembrança de infância? Mas para a Lu trouxe. A Stupa Boudhanath, a maior do Nepal, fez parte da sua infância, quando a Ana (mãe da Lu) comprou um batique com a imagem da Stupa e esse quadro foi rememorado ao visitarmos a Boudhanath.

Pela primeira vez nessa trip necessitamos visitar a embaixada brasileira, foi para algo simples, uma procuração para ser enviada ao Brasil, mas como para nós tudo é uma experiencia, essa também foi interessante, conheci o vice cônsul, um paraibano que esta fora do Brasil ha mais de 20 anos trabalhando em inúmeras embaixadas de vários países, além de fazer minha procuração, me contou um pouco do que é viver no Nepal.

O Nepal é o único país que não tem uma bandeira retangular ou quadrada, ela é formada pela junção de duas bandeirolas dos diferentes ramos de antigos governantes. A cor avermelhada da bandeira é a cor nacional do Nepal e podemos ver essa cor muito presente no dia a dia das pessoas, principalmente nas roupas, que dão um colorido todo especial as ruas das cidades.

Sempre que chegamos aos países automaticamente nossos aparelhos telefônicos se conectam à operadora local parceira da nossa operadora no Brasil, mas no Nepal não ocorreu. Como não estamos utilizando a telefonia convencional para nos comunicarmos, e sim voz e mensagens através da web não nos importamos, mas as coisas aos poucos foram tomando outras proporções. Em Catmandu são inúmeros os caixas automáticos para saque de dinheiro, mas nem sempre eles funcionam, alguns limitam o saque a um valor máximo, chamado “saque rápido” e esse valor é sempre baixo, outros sem qualquer explicação abortam o processo no meio do caminho e outros que em algum momento liberaram dinheiro,  no dia seguinte não liberam mais e assim vai. Dessa forma nunca se sabe exatamente o que esta acontecendo quando não se consegue sacar e com isso fomos fazendo inúmeras tentativas. Nesse mês utilizamos bastante nossos cartões de crédito, tanto para pagar a agencia que contratamos para a Índia e Sudeste Asiático, quanto para comprar alguns voos faltantes para a Oceania e dessa forma utilizamos praticamente o limite do crédito. Mas o que isso tem haver com a operadora de telefonia? Vou explicar. Os bancos hoje em dia tem o tal do token para validar as operações via internet, que no nosso caso está no aplicativo do aparelho celular, mas esse aplicativo apesar de parecer estar funcionando normalmente, não estava validando minhas operações por não ter a telefonia validando o horário. Sim há uma sincronia com o relógio, mas não com o relógio do aparelho simplesmente, mas com o relógio atualizado pela operadora de telefonia, e a outra forma de envio dos números do token é por SMS, que também sem sinal de telefonia não funciona.

Num misto de tentativas de saques que não se efetivavam e do outro lado a operadora do cartão tentando contato via telefone para validar o excesso de tentativas e não conseguindo, bloquearam nossos cartões. Tentativas de antecipar o pagamento do cartão de crédito, para poder voltar a utiliza-lo, que também não conseguindo em função da falta de sincronia do token, provocada pela falta de sinal de telefonia. Acabamos por final conseguindo fazer o pagamento do hotel de Catmandu com o saldo de dinheiro que nos restava e embarcarmos para a Thailandia sem qualquer dinheiro, com os cartões bloqueados e praticamente sem limite para utilizar o cartão de crédito. Sequer conseguiríamos pagar pelo visto de entrada caso fosse cobrado. Pois bem estamos embarcados e partindo para a Thailandia, em poucas horas veremos como vamos nos virar por lá.

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